sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Recarga de Baterias Urgente!!!!

Ano bem vivido esse. Quando digo isto não quero dizer que alcancei tudo o que queria nem que ele tenha sido tudo mil maravilhas. Quando digo bem vivido, quero dizer que eu estava presente em todos os momentos que passei. Nos felizes e nos não tão felizes assim. Pode parecer estranho esta afirmação mas pra mim faz muito sentido. Às vezes passamos por experiências,  mas sem vivê-las profundamente. Ficamos na superficialidade; na ilusão de que assim ela talvez doa menos. Ilusão. Vivê-la com toda dor ou alegria que ela propicia nos faz sair delas mais fortes e inteiros. Pelo menos comigo funciona assim. Como diz nosso amigo Robertão (pq a esta altura da vida, ele É nosso amigo) : se chorei ou se sorri o importante é que emoções eu vivi. Nada mais aterrorizante pra mim que uma vida bege, sem altos e baixos, sem emoções. São elas que dão cor na nossa vida, que fazem dela interessante, que a fazem valer à pena.

Deixando a pieguice de lado, voltemos ao foco da questão. Fim de ano. Como bem disse, bem vivido. Isto requer recarga de baterias urgentemente! Parece que a pilha vai acabando, né? Estava eu sentada no aeroporto aguardando meu vôo pra BH entre manifestantes ameaçando greve e avisos óbvios de atrasos nos embarques quando minha mãe ligou perguntando se já estava saindo. Eu estava de jejum, por pura falta de administração do tempo e ela me falou que iria me esperar em casa com os meus pratos prediletos!   Imediatamente desisti de comer qualquer pão de queijo que estragasse meu apetite e decidi esperar chegar em casa pra atacar!

Conhecendo meu histórico no blog, vocês devem estar imaginando um prato super sofisticado com requintes de preparo e temperos exóticos e diferentes. Pois bem, lá vai: Meu prato predileto é feijão, arroz, carne moída e banana amassada. Mas tenho que explicar que não é qualquer feijão. É o feijão batidinho com aquele tempero caseiro que não tenho a menor idéia de como fazer! E tem que ser como na foto. Na panela. Se não, não tem graça.

O vôo atrasou. Claro! E vale avisar aos que ainda não conhecem BH, que o aeroporto fica longe, muito longe, de qualquer lugar ou bairro que você possa imaginar. Mais uma hora até eu chegar à minha casa. Já eram três da tarde quando o taxi parou na porta e vi minha mãe na varanda do quarto no segundo andar. Ela já tinha me ligado umas duas vezes no caminho pra saber a hora certa de esquentar a comida. Minha avó estava como eu a havia deixado no feriado de novembro. Sentada em sua cadeira, com duas blusas de frio e um cobertor, inconformada comigo que chegava de regata sem nenhum casaquinho. Minha irmã tinha saído mais cedo do trabalho só pra almoçar comigo e pela cara dela, estava tão esfomeada quanto eu. Eis que estávamos as mulheres da família, três gerações; minha avó, minha mãe, eu e minha irmã ao redor dos meus pratos prediletos. Estava em casa. Era um fato, era real. Esta sensação ninguém consegue tirar da gente. É indescritível. Posso morar há dez anos em São Paulo; mas sentei naquela mesa e estava em casa. Arroz, feijão, carne moída e banana! 

Acham que o presente estava finalizado? Eis que surge a famosa baba de moça. Esta é uma receita da minha outra vó. Vovó Maria. Vocês tinham que ter conhecido ela! Cozinheira Mineira de mão cheia! Quando eu era pequena e ela vinha me perguntar o que eu queria de aniversário eu falava: Baba de Moça.  Como podem ver eu era gulosa desde sempre! Depois que ela se foi ninguém conseguiu reproduzir a receita como ela fazia. Por isto este dia foi tão especial. Finalmente conseguiram!!!!!! Estava de chorar!!!!! Nem precisa falar que eu repeti. Seria pleonasmo… 


Eis que minha mãe conseguiu o inimaginável. Recarregar minhas baterias na primeira hora que cheguei em casa. Era tudo que eu precisava depois de tudo que tinha passado nos últimos dias. Avó, Mãe, Irmã, arroz, feijão, carne moída, banana e baba de moça.

Obrigada, mãe.

domingo, 11 de dezembro de 2011

Quem disse que a sobremesa tem que ser depois do almoço?


Sabadão devagar. Quando acordei tentei me localizar e lembrar da noite anterior. Sabe quando a dor de cabeça te atinge em cheio e você se dá conta que devia ter bebido menos? A esta altura da minha vida eu devia ter desconfiado que happy hour de fim de ano da firma seguido de jantar de natal de mineiros não ia dar certo… Muita informação para o meu pobre fígado.

Eis que respirei fundo e me levantei! Fiz tudo muuuuito devagar, tomei uma Neosa e me vi pronta pra ficar em casa o resto do dia! 
Mas a vida nunca é assim e minha amiga Camilinha me manda um torpedo: "Está pronta pro Bazar? Depois temos que passar na Tatoo." Que bazar? Que tatoo? Será que eu estava tão louca no dia anterior que prometi fazer uma tatoo? Depois de alguns segundos de tensão repassei as conversas e me dei conta de que a  tatoo não era pra mim e sim pra ela! Agora confesso que do Bazar eu lembrava vagamente. Flavia. Menos da próxima vez, tá?
Como é que se nega um pedido de uma amiga tão querida? Além do mais, perder o sábado por causa de uma dor de cabeça estava completamente fora de questão. E lá fomos nós para o Bazar! Queria tanto que fosse um Bazar caquento, cheio de coisas feias! Mas não! Era cheio de coisas fofas! Pergunta se gastei mais do que devia? Bingo!

Próximo passo: Tatoo! Como sou uma metamorfose ambulante morro de medo de fazer uma e me arrepender. Mas acho tão bacana! Gosto quando as tatuagens têm significado e marcam um momento ou algo marcante que se foi. As da Cá são assim. Cada uma tem uma história. E a deste dia não seria diferente. Lá encontramos com Carol e ficamos observando todo aquele ritual enquanto Camilinha aguentava bravamente a dor. Nem precisa falar que a tatoo ficou linda...

Agora imaginem. Eram cinco da tarde e eu só tinha no estômago uma neosaldina e um misto quente das dez da manhã. Tudo isto misturado com ressaca! Já estava quase desmaiando de fome! Então quando nos perguntamos o que almoçar vieram as respostas mais engordativas da face da terra. Adorei!!!! Quando chegamos a conclusão de hamburguer não tive dúvidas: ZÉ DO HAMBURGUER! Tinha um tempão que não ia lá e é de chorar! 

De cara Carol nos avisou que tinha milkshake de milho verde com calda de caramelo. Não foram necessários dois segundos até o pedido. O cardápio deixa a gente desconcertada mas fui no meu tradicional do Zé. A Cá pediu um com molho barbecue…… Mas a menina estava mais feliz do que pinto no lixo com sua Tatoo! Dava gosto de ver!

O milkshake chegou bem antes e a consistência era fofa como um sorvete. Nem pensar em canudinho. Só colher mesmo. E lá estávamos nós tomando sorvete de milho verde esperando o hamburguer chegar. Eu boba como sempre falei: "Eu devia esperar pra comer o hamburguer antes e o doce depois". Acho graça quando me pego achando que tenho que seguir um ordem certa pras coisas. Cá, que é bem mais esperta que eu que me alertou: "Quem disse que temos que comer a sobremesa depois do almoço?" Ainda bem que temos amigos assim no mundo! 

Comemos enlouquecidamente. Era até difícil dar a mordida! Hamburguer bom é assim! Grande com maionese verde feita na hora! O lugar é todo com decoração e música dos anos 50 e super aconchegante. Agora, anotem o endereço por que a portinha é tão pequena que é capaz de vocês passarem batido. 

Sabadão: Neosaldina+Bazar+Tatoo+Hamburguer+Amigos = Tudo de bom!

Onde: Zé do Hamburguer
Endereço: Rua Caiubi, 1450 - Perdizes
site: www.zedohamburguer.com.br