sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Recarga de Baterias Urgente!!!!

Ano bem vivido esse. Quando digo isto não quero dizer que alcancei tudo o que queria nem que ele tenha sido tudo mil maravilhas. Quando digo bem vivido, quero dizer que eu estava presente em todos os momentos que passei. Nos felizes e nos não tão felizes assim. Pode parecer estranho esta afirmação mas pra mim faz muito sentido. Às vezes passamos por experiências,  mas sem vivê-las profundamente. Ficamos na superficialidade; na ilusão de que assim ela talvez doa menos. Ilusão. Vivê-la com toda dor ou alegria que ela propicia nos faz sair delas mais fortes e inteiros. Pelo menos comigo funciona assim. Como diz nosso amigo Robertão (pq a esta altura da vida, ele É nosso amigo) : se chorei ou se sorri o importante é que emoções eu vivi. Nada mais aterrorizante pra mim que uma vida bege, sem altos e baixos, sem emoções. São elas que dão cor na nossa vida, que fazem dela interessante, que a fazem valer à pena.

Deixando a pieguice de lado, voltemos ao foco da questão. Fim de ano. Como bem disse, bem vivido. Isto requer recarga de baterias urgentemente! Parece que a pilha vai acabando, né? Estava eu sentada no aeroporto aguardando meu vôo pra BH entre manifestantes ameaçando greve e avisos óbvios de atrasos nos embarques quando minha mãe ligou perguntando se já estava saindo. Eu estava de jejum, por pura falta de administração do tempo e ela me falou que iria me esperar em casa com os meus pratos prediletos!   Imediatamente desisti de comer qualquer pão de queijo que estragasse meu apetite e decidi esperar chegar em casa pra atacar!

Conhecendo meu histórico no blog, vocês devem estar imaginando um prato super sofisticado com requintes de preparo e temperos exóticos e diferentes. Pois bem, lá vai: Meu prato predileto é feijão, arroz, carne moída e banana amassada. Mas tenho que explicar que não é qualquer feijão. É o feijão batidinho com aquele tempero caseiro que não tenho a menor idéia de como fazer! E tem que ser como na foto. Na panela. Se não, não tem graça.

O vôo atrasou. Claro! E vale avisar aos que ainda não conhecem BH, que o aeroporto fica longe, muito longe, de qualquer lugar ou bairro que você possa imaginar. Mais uma hora até eu chegar à minha casa. Já eram três da tarde quando o taxi parou na porta e vi minha mãe na varanda do quarto no segundo andar. Ela já tinha me ligado umas duas vezes no caminho pra saber a hora certa de esquentar a comida. Minha avó estava como eu a havia deixado no feriado de novembro. Sentada em sua cadeira, com duas blusas de frio e um cobertor, inconformada comigo que chegava de regata sem nenhum casaquinho. Minha irmã tinha saído mais cedo do trabalho só pra almoçar comigo e pela cara dela, estava tão esfomeada quanto eu. Eis que estávamos as mulheres da família, três gerações; minha avó, minha mãe, eu e minha irmã ao redor dos meus pratos prediletos. Estava em casa. Era um fato, era real. Esta sensação ninguém consegue tirar da gente. É indescritível. Posso morar há dez anos em São Paulo; mas sentei naquela mesa e estava em casa. Arroz, feijão, carne moída e banana! 

Acham que o presente estava finalizado? Eis que surge a famosa baba de moça. Esta é uma receita da minha outra vó. Vovó Maria. Vocês tinham que ter conhecido ela! Cozinheira Mineira de mão cheia! Quando eu era pequena e ela vinha me perguntar o que eu queria de aniversário eu falava: Baba de Moça.  Como podem ver eu era gulosa desde sempre! Depois que ela se foi ninguém conseguiu reproduzir a receita como ela fazia. Por isto este dia foi tão especial. Finalmente conseguiram!!!!!! Estava de chorar!!!!! Nem precisa falar que eu repeti. Seria pleonasmo… 


Eis que minha mãe conseguiu o inimaginável. Recarregar minhas baterias na primeira hora que cheguei em casa. Era tudo que eu precisava depois de tudo que tinha passado nos últimos dias. Avó, Mãe, Irmã, arroz, feijão, carne moída, banana e baba de moça.

Obrigada, mãe.

domingo, 11 de dezembro de 2011

Quem disse que a sobremesa tem que ser depois do almoço?


Sabadão devagar. Quando acordei tentei me localizar e lembrar da noite anterior. Sabe quando a dor de cabeça te atinge em cheio e você se dá conta que devia ter bebido menos? A esta altura da minha vida eu devia ter desconfiado que happy hour de fim de ano da firma seguido de jantar de natal de mineiros não ia dar certo… Muita informação para o meu pobre fígado.

Eis que respirei fundo e me levantei! Fiz tudo muuuuito devagar, tomei uma Neosa e me vi pronta pra ficar em casa o resto do dia! 
Mas a vida nunca é assim e minha amiga Camilinha me manda um torpedo: "Está pronta pro Bazar? Depois temos que passar na Tatoo." Que bazar? Que tatoo? Será que eu estava tão louca no dia anterior que prometi fazer uma tatoo? Depois de alguns segundos de tensão repassei as conversas e me dei conta de que a  tatoo não era pra mim e sim pra ela! Agora confesso que do Bazar eu lembrava vagamente. Flavia. Menos da próxima vez, tá?
Como é que se nega um pedido de uma amiga tão querida? Além do mais, perder o sábado por causa de uma dor de cabeça estava completamente fora de questão. E lá fomos nós para o Bazar! Queria tanto que fosse um Bazar caquento, cheio de coisas feias! Mas não! Era cheio de coisas fofas! Pergunta se gastei mais do que devia? Bingo!

Próximo passo: Tatoo! Como sou uma metamorfose ambulante morro de medo de fazer uma e me arrepender. Mas acho tão bacana! Gosto quando as tatuagens têm significado e marcam um momento ou algo marcante que se foi. As da Cá são assim. Cada uma tem uma história. E a deste dia não seria diferente. Lá encontramos com Carol e ficamos observando todo aquele ritual enquanto Camilinha aguentava bravamente a dor. Nem precisa falar que a tatoo ficou linda...

Agora imaginem. Eram cinco da tarde e eu só tinha no estômago uma neosaldina e um misto quente das dez da manhã. Tudo isto misturado com ressaca! Já estava quase desmaiando de fome! Então quando nos perguntamos o que almoçar vieram as respostas mais engordativas da face da terra. Adorei!!!! Quando chegamos a conclusão de hamburguer não tive dúvidas: ZÉ DO HAMBURGUER! Tinha um tempão que não ia lá e é de chorar! 

De cara Carol nos avisou que tinha milkshake de milho verde com calda de caramelo. Não foram necessários dois segundos até o pedido. O cardápio deixa a gente desconcertada mas fui no meu tradicional do Zé. A Cá pediu um com molho barbecue…… Mas a menina estava mais feliz do que pinto no lixo com sua Tatoo! Dava gosto de ver!

O milkshake chegou bem antes e a consistência era fofa como um sorvete. Nem pensar em canudinho. Só colher mesmo. E lá estávamos nós tomando sorvete de milho verde esperando o hamburguer chegar. Eu boba como sempre falei: "Eu devia esperar pra comer o hamburguer antes e o doce depois". Acho graça quando me pego achando que tenho que seguir um ordem certa pras coisas. Cá, que é bem mais esperta que eu que me alertou: "Quem disse que temos que comer a sobremesa depois do almoço?" Ainda bem que temos amigos assim no mundo! 

Comemos enlouquecidamente. Era até difícil dar a mordida! Hamburguer bom é assim! Grande com maionese verde feita na hora! O lugar é todo com decoração e música dos anos 50 e super aconchegante. Agora, anotem o endereço por que a portinha é tão pequena que é capaz de vocês passarem batido. 

Sabadão: Neosaldina+Bazar+Tatoo+Hamburguer+Amigos = Tudo de bom!

Onde: Zé do Hamburguer
Endereço: Rua Caiubi, 1450 - Perdizes
site: www.zedohamburguer.com.br

domingo, 20 de novembro de 2011

La Théière SP

Chá me traz uma sensação de nostalgia talvez porque me remeta à época em que morei em Londres. Ele era um companheiro fiel e me acompanhou por toda a minha estadia por lá. Aqui em São Paulo eu tomo bastante em casa e no trabalho mas confesso que nunca havia ido à uma casa de chá propriamente dita. Eis que chega um convite agradabilíssimo para visitar uma que vai abrir esta semana.

Chegamos na hora do almoço e pedi um quiche. Sinceramente? Acho que o melhor que já comi em minha vida! Ganha até daquele do 7 Molinos; se lembram? Este é super leve e veio acompanhado de uma saladinha com um molho que me fez querer mais. Vocês sabem como isso é impossível hoje em dia pra mim. Então pontos extras pro lugar! A Cá minha amiga pediu um Crumble de Frango e não resisiti e provei. Olha, a concorrência estava acirrada. Quando os pratos chegaram achei que a quantidade podia ser pouca mas quando terminamos vimos que era perfeita! Principalmente porque tinha que guardar espaço pro que vinha pela frente: Mousse de chocolate com chocolate belga!

Por incrível que pareça o que mais gostei nele foi o fato de não ser tão doce. Não era açucarado e a consistência estava no ponto! Mas o melhor ainda estava por vir. O ator principal da casa. O motivo que nos levou até lá. O chá.

Pode parecer que ele seria um mero detalhe depois de tudo mas vou dizer que ele fez jus ao nome da casa e pegou os holofotes só pra ele. Ele conseguiu trazer exatamente o que busco na comida. Carinho na alma e um sorriso.

A Gisele, dona da casa, me explicou que o usado é o Mariage Freres. O melhor da França. Eu acostumada com os chás ingleses fiquei curiosa. A lata já é um charme total e com ela vem também a sensação da tradição e coisa gostosa. Ela me conquistou na entrada. Se lembram como compro o livro pela capa? Então ela me ganhou pela embalagem fofa. 


As opções eram das mais variadas e pra quem quer experimentar algo diferente vale à pena! Tinha desde o chá preto em vários sabores ao chá verde com sabores igualmente peculiares. Eu sou fã do chá preto e fiquei com um sabor bauniha (Vanille des iles). Ele veio em uma jarrinha e íamos nos servindo a medida que a conversa avançava. Um parêntes. A Cá estava lendo trechos de um livro de crônicas que se chama “Os indecentes”. Dei vexame de tanto rir. Nesse ritmo de crônicas, dramas pessoais, balanço do ano e planos para o futuro fomos bebendo o nosso chá. E não dava vontade de ir embora... A gente ia ficando, ficando.... Quer coisa melhor?

O chá só perdeu para um detalhe: as Madeleines que foram servidas com ele. Meu Deus! Da próxima vez vou lá só pra comer isso. Derrete na boca. É feito com gotas de chocolate branco e quando a gente morde ele é aquele mistura perfeita de sabe-se Deus o que! Vale cada mordida e confesso que pedimos mais. Saí de lá com uma sensação de que tinha ido finalmente conseguido me desligar do mundo e consequentemente dos seus problemas por algumas horas.



Quando forem, chamem pela Gisele que ela dará uma atenção especial. Se derem sorte encontrarão com o marido dela, um francês extremamente simpático com um sotaque divertidíssimo e os dois filhos pequenos que falam uma mistura das duas línguas e correm de um lado para o outro como se estivessem em casa. Tudo isto trás uma atmosfera única ao lugar e faz com que ele sai do lugar comum que costumamos ir todos os dias. Tudo foi pensado com muito cuidado e dá pra ver a paixão que existe em cada tempero.

Nome: La Théière
Onde: Rua Pirapora, 50 - Vila Mariana
Telefone: 11 3459-6084 
email: latheiere.casadecha@gmail.com

domingo, 30 de outubro de 2011

Amigos são a família que a gente escolhe

Quando comecei este blog eu falei que comida boa era comida que fazia a gente feliz. Então posso dizer de barriga cheia que comi muuuuita comida boa este fim de semana. Tudo isto graças a essas pessoas bacanérrimas que chamamos de amigos. 
Depois de enfrentar duas horas e meia para chegar até a praia, encontrei a turma animada e com aperitivos já na mesa. O Alemão desceu a serra com batedeira, moedor de carne (eu imagino) e uma mala inteira de apetrechos para a pizzada que vinha despontando pela tarde. Não deu cinco minutos e lá estava a Marcela rodeada de tomates! Era uma panela cheia e uma luta feroz para que todos ficassem sem a casca.... Como não me atrevo a me aventurar na cozinha sempre fico encantada quando vejo as pessoas totalmente absortas nestas atividades. 
Os meninos estavam começando a colocar a lenha no forno e me explicaram que ele demora pelo menos umas duas horas pra ficar na temperatura ideal pra assar a pizza. Confesso que neste momento me distraí com cervejinha aqui, caipirinha acolá e a conversinha do outro lado. Enquanto isto, Alemão e Marcela se empenhavam para deixar tudo a ponto de bala.  Vocês devem estar se perguntado se eu com minha enorme cara de pau misturada com minha eterna inércia fiquei simplesmente sentada sem ajudar em nada. Quase isso. Quando uma pontada de culpa bateu, não só em mim diga-se de passagem, fomos nos oferecer pra ajudar. Fiquei responsável por ralar o queijo. Como uma boa mineira achei justo. Fora várias piadas sobre a minha falta de jeito e minha óbvia falta de intimidade com a tarefa, até que eu consegui ir até o final. Eu já tinha avisado: Tarefa dada é tarefa cumprida. 
A turma foi revezando na abertura da massa. Sim, eles FIZERAM a massa lá mesmo. Já falei o quanto me surpreendo com isto? Fico envergonhada com minha preguiça e praticidade. Pronto! É só por o recheio e forno, correto? Não. Tudo nesta vida tem um truque. Primeiro se coloca a massa pra pré-assar. Tira. Coloca o recheio e só então ela volta para o forno. Vale à pena tudo isto? Cada minuto!
Estava eu ali olhando toda aquela dinâmica. O Dudi concentradíssimo na seleção de músicas. Sem ele a festa nunca seria tão animada. Aninha e Roger namorando entre um pulo aqui e ali do Roger. Eita menino animado! Cabeção em uma conversa sem pé nem cabeça com o Rô (como sempre) e eu Lu, Fê e Gabi dançando como loucas à beira de um escorregão na piscina. E aí me perguntam: a vida é isso?
É sim. O bom da vida é feita por estes pequenos momentos onde tudo é perfeito, mesmo sem estar tudo perfeito. Piegas? Viagem? Pode ser.... Mas amigos são a família que a gente escolhe. Uma das verdades mais certas na minha vida. Obrigada a cada um de vocês por cada minuto deste dia.

Onde: Casa do seu amigo
Quando: Qualquer hora

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Super Saladas




Saladitas, saladitas! Este é o livro que eu comentei em um post anterior! Estava devendo..
Reparem que tem algumas páginas marcadas... A intenção existe, é verdadeira e presente.
Pra quem gosta ou quer se aventurar no mundo das saladas, vale super à pena. Tem receitas bem fáceis para dummies como eu e outras mais complexas para um chef como você.
Passei aqui rapidinho só pra deixar isto e tentar me enganar um pouco, já que vou enfrentar uma pizza com meus amigos mineiros. Isso claro, se eu conseguir passar por todos os alagamentos de São Paulo depois desse pancadão de chuva que caiu!

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Amigo furão!!!!




Este daqui eu ganhei em uma aposta! Fui à pré-estréia do filme Meu País do meu querídissimo amigo Gabriel Lacerda com meus amigos mineiros. A Festa estava ótima e fora o vexame no momento em que ele me apresentou para o Rodrigo Santoro (ainda tem revanche Gabs!!!!) a companhia dos amigos não podia ser melhor! Foi então que em uma discussão com outro Gabriel, o Borges que ganhei uma aposta. Não vou entrar em detalhes para não constranger os envolvidos; mas GANHEI a aposta!!!! 

Gabirondes estava falando deste restaurante novo e que achava que eu ia gostar. GANHEI o jantar (Escutou bem Gabriel?)... Enfim. Ele ficou me enrolando e resolvi ir assim mesmo. Sou meio impulsiva às vezes, preciso confessar.

Eu e a Lú tínhamos tido um dia de cão no escritório e estávamos precisando nos divertir. Deixamos o tênis em casa, subimos no salto e lá fomos! 

O restaurante se chama Tavares e também estava na lista do To Go... Fica na rua da Consolação, bem fácil de chegar. Assim que chegamos fui fisgada pelo freezer e pelas estantes com temperos, massas e coisas legais pra quem gosta de cozinhar. Não é o meu caso, como todos sabem, mas é lindo. Quase caí na tentação de comprar, mas seria um desperdício. Se você gosta de se aventurar na cozinha, não pode perder.

O lugar é todo descolado, bem high-low, misturando peças de design clássicas com máquinas de escrever antigas e objetos fofos (que estão à venda)  para todos os lados. Eu e a Lú passamos a primeira meia hora só olhando em volta. Parecíamos duas crianças em um parque de diversões. O cardápio tem desde lanches, à pizza e pratos mais elaborados. O preço é suuuuuper bom! Vale muito à pena. Se você estiver sem grana dá pra ir fácil e pedir um sanduíche e um refri e ainda desfrutar o lugar.

Gabirondes furou super com a gente! Mas pra me vingar fiquei mandando mensagens a noite toda. Coitado! Infernizei!

Consegui bravamente pular a sobremesa! Tinham váaarias coisas tentadoras, mas como vocês podem perceber eu tenho abusado. A única observação que faço é que a cozinha fecha relativamente cedo. Como os drinks são uma delícia e o lugar também, dá vontade de dar aquela esticadinha e ficar até mais tarde.

Super indicação recebida e repassada!

Tavares - Rua da Consolação, 3212 - Jardins
3062-6026

Listinha na ativa

Tem uma eternidade que não posto nada. Nem por isso deixei de comer. Minha listinha de indicações tem sido super útil! Obrigada a todos que têm me dado dicas sobre os lugares bacanas. Papi veio para um congresso em São Paulo e consegui roubá-lo para um jantar. Me conhecendo bem já fica uma certa expectativa de onde vamos. Me lembrei de uma indicação da Aninha. O Carlota, em Higienópolis. Perto de casa e com ótima reputação. 

Antes de ir dei uma olhadinha no site pra ver se tinha algum cardápio postado. Pode parecer bobagem mas meu pai tem diabetes e já passei aperto com ele em ir a um restaurante onde não tinha nada que ele pudesse comer. Depois disto tenho tomado este cuidado para que ele possa curtir também. O cardápio é bem variado e me deixou mais tranquila.

A casinha branca é pequena e convidativa. Dava pra sentir o cheiro da comida assim que saí do carro.... Pontos pro lugar! É raro isto... Entramos e pegamos uma mesinha depois do bar. Janelas amplas e música no volume certo também contribuem pra atmosfera do lugar.

Pedimos uma entradinha e de cara senti o sabor adocicado. Avisei ao garçom sobre a diabetes do meu pai e ele nos cobriu de cuidados. Foi checar na cozinha se o que a gente estava pedindo tinha açúcar e fez várias orientações sobre os pratos do cardápio. 

Como prato principal pedi um Magret de pato selado no mel e um risoto de pêra. Taí uma coisa que há alguns anos atrás eu nunca pediria. Hoje em dia ando me arriscando mais nos pedidos. Acho ótima esta sensação de sentir um sabor completamente novo (acho que já comentei isto, né?) Maravilhoso! O mel do pato estava divino e o risoto super refrescante (se é que se pode dizer isto de um risoto). 

Agora, vale o preço? Desculpe o linguajar mas a gente deixou as calças lá..... 
Sinceramente? Não sei. Já fui em muitos restaurantes bacanas e o preço era bem mais justo. A sensação que eu fico é que apesar do lugar ser ótimo, eu não sei se voltaria. Sem querer desmerecer o chef, pelo amor de Deus! Estava tudo ótimo.... Mas não sei se voltaria.

Pra quem quiser se aventurar.... Com certeza vale à pena pelo menos uma vez na vida... Lá vai o endereço:
Carlota - Rua Sergipe, 753 - Higienópolis
3661-8670 


quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Oh Yes.....

Não, eu não parei de comer. Eu simplesmente parei de comer coisas saudáveis. Tomei cerveja, comi pizza, hambúrguer, torta escocesa..... Que atire a primeira pedra quem nunca furou uma dieta. Tudo bem, eu abuso mais que as pessoas em geral. Sabem quando eu vou chegar no meu peso ideal? Daqui a um ano mais ou menos... Pelo menos vou chegar lá feliz!
Hoje estava animada. Depois de um feriadão, a culpa bate um pouquinho, e fui ao supermercado realmente otimista pra fazer um belo jantar pra mim mesma.
Comprei um livro sobre saladas lindo! Desculpem-me mas preciso fazer este parênteses... Sim, eu compro livros pela capa. Este livro é lindo. Qualquer dia posto a capa dele aqui.... Então, voltando ao assunto, estava eu folheando o livro outro dia e me deparei com uma receita de salada com figo e presunto parma que me abriu o apetite. Lá fui eu comprar os ingredientes da minha bela salada. Cheguei ao supermercado e cadê o figo? Não tinha. Vasculhei toda minha memória por uma substituição.... Olhei uma bancada aqui, outra ali e vi a manga.... Será que dava? Minha insegurança bateu. Já não cozinho e não tenho nenhuma criatividade na cozinha... Substituir ingredientes assim é uma ousadia! Peguei a manga. Peguei o presunto parma, a rúcula e..... precisava da mussarela (mozarella?) de búfala. Cadê? Eu tento. Vocês são testemunhas de que eu tento. Mas cadê a p... da búfala? Não tinha! Como pode um supermercado não ter? Não tinha. Tá bom, tá bom... não vou desistir fácil assim. Reviro aquele refrigerador lotado de coisas apetitosas que não posso pegar e me deparo com  o queijo de cabra. Dá? A Lu, minha amiga, falou que dá.... Será? Foi. Peguei o queijo de cabra e seja o que Deus quiser!
Cheguei em casa, pus um blues, abri um vinho branco mega blaster gelado (eu sei que não posso, mas what the f...) e lá fui eu enfrentar a montagem da salada. Foi só juntar tudo. Fácil até pra mim. Acreditem quando digo isto. A manga ficou escorrendo pelos dedos mas me lembrou muito a minha infância, então, perdoado. A escola onde estudei tem umas mangueiras gigantescas (até hoje) que faziam chover mangas em dezembro. Pelo menos esta é a memória que eu tenho. Em Belo Horizonte dezembro é um mês que chove o tempo todo.... Ficar embaixo daquelas mangueiras era pedir pra ser atingido por uma manga a qualquer momento. Como uma criança que não tinha nada mais divertido pra fazer, se caía uma, imediatamente eu sentava no banco com minhas amigas e enfrentávamos a manga como vinha. Sem facas, sem pratos, sem guardanapo. Uma lambança só! E que delícia de memória!!!! 
Abri um sorriso ao ver a manga escorrendo pelos meus dedos.... Coloquei um creme de vinagre balsâmico com a certeza de que corria o risco de colocar tudo a perder. Eis a foto.....


Se ficou bom? Ficou duca! Comi como se estivesse comendo um hambúrguer! Enlouquecida com os sabores de cada coisa! E quando acabou, fiquei com vontade de quero mais!!! Pode? PODE!!!!!

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Todo mundo merece uma segunda chance



Miolo da Vila Madalena. Dia quente, sol brilhando, até parece sexta-feira. Tudo que a gente queria era colocar uma bermuda, chinelos e abrir uma cerveja. Mas a realidade bate na nossa porta e nos lembra que temos prazos e que hoje é quarta-feira. Ao lado do escritório tem um restaurante que sempre nos chamou a atenção pelo ambiente. Principalmente em um dia como este. Janelões do piso ao teto, muita luz mas ao mesmo tempo sombreado; arejado, com uma área externa que parece um quintal. Só tinha um problema: a comida. Era caro e ruim. Tá aí uma coisa que me irrita. Não me importo da comida ser cara, contanto que condiza com o preço. Pagar caro por algo ruim me tira do sério.
Na última vez que fomos lá estava passando um clipe com uma dupla indiana bem ao estilo Bolywood. Alguém já teve a oportunidade de acompanhar este gênero? De certa forma foi bom. Eu fiquei tão vidrada nas caras e bocas, e claro, na coreografia magistral do clipe que nem percebi o que estava comendo. A questão é; depois deste dia prometemos que nunca mais voltaríamos lá.
Eis nossa surpresa quando passamos na porta e vimos um segurança com seu formoso terno preto e óculos escuros dando boa tarde a todos que passavam. Estranhamos. Vila Madaloca com segurança? Seguimos. No dia seguinte o vigia do prédio comenta conosco que mudou a direção do lugar. Como boa mineira, olho desconfiada e passo reto. A memória da coreografia com a carne sem sal ainda estava muito presente pra mim. Eis que hoje resolvemos dar uma segunda chance ao local.
Surpreendente! O rechaud era bacana com a comida lindamente arrumada dentro. Nada de lotar ele até a boca. Comida comedida e bonita. A mesa de saladas estava super variada, com cara de fresquinho. Me arrisquei em um peixe com molho de alcaparras e uma salada bem caprichada. Nem parecia que estava em um Self-service. Nem parecia que era uma quarta-feira meio do expediente! A mesa de sobremesa, como sempre meu ponto fraco, tinha várias tentações. Mas a guerra estava em 04 pratos de frutas contra 03 de doces. Achei isto super louvável. É difícil ver esta variedade e quantidade em um Self-Service comum. Criei coragem, imaginei o biquini e fui direto nas frutas. Me surpreendi de novo! Super frescas...
Vale ressaltar que o atendimento foi impecável e todo mundo foi super simpático. Sabe aquela atenção de um negócio que está se iniciando? Uma maravilha!
Hoje eles ganharam vários clientes de volta! Só faltou a bermuda, o chinelo e a cerveja.....

Vila Jardim - Rua Fidalga, 501 - Vila Madalena
(11) 2645-5638

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Salada de Figo!!!!

Acho que finalmente estou pegando gosto pela coisa. Descobri que o grande segredo da salada é sua composição e molho. Nunca imaginei na vida que diria isto, mas lá vai: Hoje comi uma salada de lamber os beiços!
Ela tinha alface, queijo de cabra, presunto parma e figo com molho de vinho. Mama mia! Quase uma sobremesa de tão doce, é verdade. O que foi ótimo porque saciou a minha eterna vontade pós almoço de um docinho. Pra acompanhar, um salmão. Super bem preparado. Por incrível que pareça vira e mexe me deparo com salmão sem graça. Ácho difícil errar a mão no preparo mas às vezes isso acontece. Não foi o caso aqui. Ele estava no ponto.
Os legumes coitados não tiveram vez. Nunca fui muito fã de brócolis e couve-flor e na hora de enfrentar o figo.....tadinhos. Eles mal sabiam quando chegaram à mesa que nunca teriam uma chance. Mas confesso que sempre me sinto culpada por deixar comida no prato. Podem me chamar de louca, mas é como se aquele legume não tivesse alcançado o objetivo da vida dele que era ser comido. Isso sem falar no desperdício por si só.
Vale a dica que além da salada que eu comi tinham várias no cardápio que me atraíram (outra coisa que nunca imaginei dizer). Eu pulei a sobremesa mas a gerente falou que tem várias de dar água na boca.... Como não tenho tendência ao masoquismo nem olhei o cardápio. Quem for me conta depois se realmente vale à pena. Não tenho dúvida que sim....

Adelaide - Rua Aspicuelta, 202 - Vila Madalena
3816-4790

domingo, 2 de outubro de 2011

Recuperando do dia anterior






Decidida a me recuperar de ontem, acordei animada a voltar ao meu propósito inicial. Meu querido amigo Gabriel Borges é o culpado pela orgia do domingão. Ele não foi. Como sempre declinou o nosso convite! Gabirondes..... Gabirondes.... isso não se faz. Mas lá fomos eu e Camilinha atrás da indicação dele.
O lugar é lindo! Sabe quando você vê que o dono colocou carinho na escolha de tudo? As embalagens dos azeites e vinagres são demais! Eu que não cozinho absolutamente nada saí de lá com a latinha de sal com pimenta e ervas, e um vidro de azeite com mel e gengibre. Sempre otimista com o dia que finalmente vou entrar na cozinha.... 
Os pratos do dia eram extremamente tentadores. Do cordeiro à massa tudo era de dar água na boca. Mas fui firme e me inspirei nas saladas do cardápio. Enfrentei uma que tinha queijo de cabra e damasco com molho cítrico. Pra acompanhar uma quiche de abobrinha. A quiche foi preparada com esmero. A massa assada no ponto certo e o recheio super equilibrado. Não era qualquer quiche. A salada, confesso que não me surpreendeu. Esperava mais do damasco com o molho cítrico; mas não fez feio e acompanhou com coragem a quiche.  
Salada servida em cumbuca com as folhas grandes, sem cortar. Está aí uma coisa que eu acho que não funciona. Não foi a primeira vez que eu vi e nem foi a primeira vez que lutei pra não fazer bagunça. Aos que me conhecem sabem que sou extremamente desastrada, então a tarefa de cortar a rúcula sem deixar o tomate voar da tigela é quase um pesadelo pra mim. Mas enfrentei e fora alguns pedaços de damasco aqui e um tomate acolá até que me virei. Mas, chefs queridos, é um pecado tão grande assim pedir pra cortar as folhas ou servir em um prato raso? Minha falta de delicadeza com as coisas agradece.
Vale a visita pelos milhares de temperos lindos e pela área dos doces e pães que eles possuem. O gerente que também é fotógrafo foi super gentil e falou que aos sábados e domingos também tem buffet de café da  manhã.... Nem precisa falar que fiquei com água na boca. Vou ter que voltar!
Missão cumprida e sem peso na consciência pelo almoço light.... Fim de domingo.... cinema... chuva... e escorreguei! PIZZA! kkkkk, o que faço comigo mesma? Matteo, obrigada pelo gentil atendimento como sempre! A foto da pizza eu fico devendo por que já comi!

7 Molinos - Alameda Lorena, 1914 - 3063.4433 (procurem pelo Sérgio e digam que foram a arquiteta e a marqueteira que indicaram)
Pizza Mania - Rua João Moura, 1080 - 3085.9423 (procurem pelo Matteo. Um amor de pessoa com um sotaque italiano que é uma graça)

FELIZ ANIVERSÁRIO MATTEO!


Agora me fala. O que você quer que eu faça? Vocês podem pensar que em festa de criança é impossível manter a linha, mas tenho que admitir que neste caso a culpa foi toda minha. Minha queridíssima amiga Lu, cuidou do aniversário do fofíssimo panqueca Matteo com todo esmero. A decoração estava um primor, cheio de detalhes bacanas e dava pra se ver todo o carinho e amor que ela dispensou para arrumar cada coisinha. 
Tinha uma refresqueira com limonada que era servida em um lindo copinho com canudinho de papel. Tomei? Olhei pra ele, olhei pra cerveja e quem ganhou? Então. Achei que merecia depois de uma semana enlouquecida de trabalho. Lá se foi goela abaixo a loura geladíssima. 
O cupcake foi feito com pouquíssimo chocolate. No lugar do açúcar, mel e cenoura. Super saudável! Comi? Comi! Junto com o brigadeiro e o beijinho, que estava de morrer. 
Aí vocês vão falar de novo... Mas em festa de criança não tem nada light. Tinha. Gelatina servida em copinhos fofos. Comi? Olhei pra ela, e olhei pra este bolo fantástico. Concorrência desleal, vocês irão concordar. Bolo de chocolate, com recheio de chocolate e cobertura de chocolate feitos pela Lu e pela Ana. Pra quem conhece ou já comeu algum bolo que a Ana fez, vai entender que a concorrência era REALMENTE desleal. Ignorei a gelatina sem o menor esforço ou peso na consciência e ataquei o bolo que estava de virar os olhos. 
Depois de alguns cachorros-quentes, crepes, milhos e como viram docinhos; saí do primeiro aniversário do panqueca realizada. Mais gordinha, é verdade. Mas mais feliz também. Quer saber? Não me arrependo um brigadeiro. E que venha uma semana de dieta pra poder aproveitar o próximo aniversário!
FELIZ ANIVERSÁRIO, MATTEO!!!!


quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Almoço de semana, ou melhor, sobremesa de semana


Vocês se lembrarm quando disse no blog anterior que durante a semana era fácil nos milhares de self-services que existem pelo mundo? Então. Não quando você vai almoçar com a turma que eu vou. Descobri que o mais difícil nem é o almoço. É a sobremesa.... E quando todo mundo resolve pedir AQUELA sobremesa é muuuuuuito difícil resisitir. Mas bravamente fiquei no café. Tá bom, tá bom... e em uma colherzinha de brigadeiro....
Agora dá uma olhada neste cardápio de sobremesas!!! Como é que eu faço? Olha a cara dos bichinhos e sente o meu desespero!

domingo, 25 de setembro de 2011

Domingão



Durante a semana é relativamente fácil manter a linha. Pra mim é um luxo seguir a orientação dos nutricionistas de comer de 3 em 3 horas. Café da manhã quase não como, lanche da manhã entra quando pulei o café. Almoço dá pra controlar nos milhões de self-services do mundo. Jantar é terrível, porque tenho mania de lanchar. Então sempre tem um pão, ou no caso de estar com muita fome, pior.... massa. Provavelmente uma das poucas coisas que sei fazer na cozinha.
Aí vem o fim de semana...... Ai...... Sinônimo de cerveja, feijoada, sobremesas obrigatórias.
Fui almoçar com meu amigo Gabs. Muitíssimo obrigada! Me ajudou pulando o couvert e fomos direto ao prato principal. Carne, massa, peixe, salada... Comecei animada. Fui direto nas saladas. Tinham várias opções bacanas, mas a sensação de que ficaria com fome na próxima hora era iminente. Pulei bravamente as massas. As carnes pareciam bem apetitosas mas o problemas eram os acompanhamentos. Risotos maravilhos e molhos engordativos só de ler. Eis que me deparo na seção de peixes e aves com o Gateau de Atum. Era coberto em gergelim, acompanhava salada e tinha um molho de mostarda que parecia apetitoso.
Apesar de tentar reduzir na bebida que vai direto pra minha bóia abdominal pedimos um vinho rosé. Mais leve. Na ilusão de ser mais leve nas calorias também....
Eis que chega o prato e me surpreende. Bonito, beem gostoso, tirando o alface roxo que não gosto. Sobrevivi feliz ao almoço! Mas a tensão está no ar... o momento crítico se aproxima.

SOBREMESA. Podia ter pulado é verdade. Mas não queria. Faz parte de mim. Tenho uma teoria de que se eu começar a simplesmente cortar meus desejos isto vai se deslocar e sair de outra forma... Sejam criativos.... Isto acontece com todo mundo em todas as partes da vida.
Resolvi enfrentar mas sem enfiar o pé na jaca. Chocolate, coberturas, caldas, fruta da estação (Me recuso!), e um Merengue de frutas. Opa! Seria este o meio termo? Tá bom, o chantily não é das coisas mais lights da vida; mas tem frutas! É tão bom enganar a nós mesmos! Fui nele bravamente. Enfretei o pedido do Gabs..... que era um profiteroles com calda de chocolate quente e sorvete de pistache. E voilá! Minha melhor surpresa do dia! Me fez super sorrir! Quase lambi o prato! (Já fiz isto algumas vezes, confesso) As frutas estavam fresquinhas e o merengue super leve! Tinha uma calda de goiabada em volta que me fez virar os olhinhos.... Comeria de novo mesmo sem estar de dieta. Eis o objetivo do meu dia!

Condessa
Rua João Lourenço, 367 - Vila Nova Conceição
São Paulo

Comida boa é comida que faz sorrir

Aos que me conhecem a algum tempo sabem que um dos maiores prazeres que tenho na vida é comer bem. Comida boa é comida que coloca um sorriso no rosto. Pode ser uma apresentação incrível, um sabor que nunca sentiu na vida, um sabor que te remete a um tempo que não volta. O importante é ela trazer algum tipo de sensação boa.
Infernizo meus amigos com fotos de comida no facebook e a idéia é trazer esta energia pra cá. Sempre adorei uma orgia gastronômica mas em função da vida preciso iniciar uma dieta. Fazer o que?
A questão é: Dá pra ir aos restaurantes que gosto e manter minha diversão sem chutar o balde?
Se for pra eu entrar em uma dieta convencional, esquece! Prefiro ficar acima do peso e feliz! Mas vou tentar comer coisas gostosas sem ficar com a sensação de que foi direto para os meus quadris.. rsrsrs