terça-feira, 1 de maio de 2012

Carnaval - Dia 04


DIA 04 – quinta

O dia amanheceu melhor que a encomenda. Chovendo. Sério. Era tudo que a gente podia ter pedido neste dia. Carina acordou bem melhor e parecia se recuperar bem; mas ainda fraca e nenhuma de nós teria coragem de deixa-la sozinha na pousada. Assim sendo, enquanto ela se recuperava se entupindo de biscoito maizena e chá de boldo, ficamos todas na varanda lendo nosso livros e jogando conversa fora.

Eu já estava ficando aflita com a Biografia do Eric Clapton que estava lendo e estava louca pra acabar. Tudo isto pra pegar o livro que a Carina estava terminando que me parecia um romance desses que toda menina gosta. Só pelos suspiros dela enquanto lia já fiquei com vontade de pegar.

Camila relembrou os tempos de câncer e sempre me orgulho dela por ter vencido esta luta. Me dói o coração escutar por todos os medos que ela passou e perceber que no fundo no fundo o que mais dói é a possibilidade de não ter perto as pessoas que a gente ama. Seja porque nós iremos deixa-las ou porque elas nos deixarão. Até hoje me impressiono quando olho pra ela tão cheia de vida! Camila é um turbilhão de sentimentos! Vive tudo intensamente. Quando sofre, sofre. Quando ri, ri. É amiga quando precisa e fala o que você não quer ouvir, mas que não deixa de ser verdade. É verdadeira no último grau!



Quando a chuva deu uma trégua e vimos que Carina já estava bem. Fomos dar uma volta na praia e chegamos até o Deck, de nosso amigo Didi. Ficamos esperando nosso adorado por do sol enquanto escutávamos Barão Vermelho passando o som pro show da noite.

O por do sol de Barra Grande é o mais bonito que já vi. O tom que tudo toma no cair do dia é de cair o queixo. Os coqueiros ficam mais verdes e o mar fica mais azul. O amarelo que o sol joga nas coisas é de tirar o fôlego. Me peguei várias vezes suspirando olhando a paisagem e normalmente neste horário o silencio imperava entre nós. Quase que uma referencia à tanta beleza.



À noite, resgatamos Carina e fomos a uma creperia de dois franceses. Como descrever o dono? Mmmmmmm..... Então. É. Pois é. Isso aí. Coisa linda de mamãe. Depois de tantos dias falando bobagens, tivemos um jantar falando sobre política, economia, rumos pro país no futuro. Fiquei sabendo de como o golpe de nossa ministra Zélia na época Collor abateu a família da Priscila. Nem vou entrar no mérito de discutir política aqui; mas só de lembrar já fico vermelha de raiva. E pensar que ele foi reeleito.

Saímos cansadas mas não podíamos perder o show. Não tínhamos feito nenhum programa noturno mais agitado. Sinal da idade. Então fomos firmes e fortes. Ouvimos a famosa banda mestiço abrir o show mas estávamos caindo de sono. Resolvemos que iríamos assistir só às duas primeiras músicas do Barão e iríamos embora. Mas eis que Danilinho chega. Êeeeee!!!!! E em seguida sua namorada! Ahhhhhhhhh! Que frustração! Mas eis que chega o vendedor de salada de fruta! Nem comentei dele, porque era de Priscila. Mas também com namorada! Ahhhhh!!!! Ô turminha comprometida! Confesso que o Danilinho da minha imaginação era bem mais bonito que o da realidade. Então eu fingi que não o vi e fiquei com a imagem que tinha em mente.

No fim das contas o show do Barão foi fantástico! Tocou de tudo dos anos 80 e ficamos até o final! Dançamos do início ao fim e ficamos fiéis a nossa amizade sem nenhuma desgarrar do grupo em função de um rabo de bermuda. Aqui que fala é a recalcada, invejosa que não ficou com ninguém.

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