Dia 07 – domingo
Dia da volta. Ô tristeza. Desta vez ao invés de nos atracarmos com
aquela estrada esburacada e escutando histórias pra lá de duvidosas; preferimos
a companhia de nosso marinheiro Beto. Ele nos levou de lancha até Camamú e de
lá pegamos um taxi de um amigo dele até Ilheus. A favor, tinha um último
passeio de barco e uma estrada asfaltada e tranquila.
O amigo de Beto havia levado o filhinho que se mostrou absolutamente
mudo e impassível. Carina foi na frente já que a lombar chiava mais que o
normal. Atrás fomos eu, Camila e Priscila. E o filho do motorista, em pé entre
os bancos, sem se mexer. Puxamos conversa e nada. Falamos que ele podia sentar
e nada. Carina foi brincar com ele e inventou de cutucar o menino. Recebemos um
grunhido de volta. Foi o máximo de som que conseguimos arrancar dele. E assim
foi. Duas horas de viagem e o menino em pé entre os bancos sem se mexer. E
assim chegamos em Ilhéus. Camila já entrou na vibe do Rivotril para aplacar o
medo do avião e ficamos nós sentadas no aeroporto revendo as fotos de uma
viagem que chegava ao fim.
Viajar com os amigos não tem preço. Acho que todas nós precisávamos
desta pausa pra enfrentarmos o que vem pela frente. Cada um com seu drama, seus
problemas, seus trabalhos e decisões a serem tomadas. Mas pelo menos por uma
semana tivemos a sensação de estar tudo em suspenso. Tudo tranquilo aguardando
nossa volta. Agora de baterias recarregadas voltamos ao batente. Com a certeza
de uma viagem futura (acho que Turquia em agosto!) pra recarregar de novo!
Nenhum comentário:
Postar um comentário