DIA 05- sexta
Todas estavam animadas! Sem dores, sem zigueziras! Fomos então fazer
nosso passeio de bicicleta já programado até Traipú de Fora! Sabe aquelas
idéias que são lindas e românticas no papel e completamente diferente na vida
real? Imaginem nós andando sobre a brisa do mar de bicicleta com a água batendo
em nossos calcanhares; rindo e fazendo zique zague pela areia. Então. Não foi
isso. Foi aí que a Priscila entrou no look boquinha nude.
Agora, the real deal: A areia deixa a bilcleta super pesada; e ela não
tem marcha pra tentar aliviar. Nos primeiros cem metros você percebe que
aqueles quarenta minutos de esteira na academia não te preparam para a
taquicardia seguida de falta de ar e queimação nas coxas que se seguem. O
adorável sol queima a pele e a brisa não é suficiente para te tirar a sensação
de que está no deserto do Sahaara e chegou a sua hora. As paradas para beber
água e achar uma sombra se tornaram frequentes e a gente não sabia se ria ou se
chorava. Priscila estava completamente branca e achava que não ia conseguir
continuar. Eu também tinha minhas dúvidas se chegaria ao destino.
Carina que há
um dia estava debilitada agora se mostrava forte como um touro, como uma líder
de torcida. “Vamos! A gente vai conseguir!” “Só mais um pouco!” . Confesso que
estava tentando me manter positiva. A paisagem era realmente linda e em alguns
trechos foi realmente divertido e me senti abençoada.
Eis que estávamos todas
naquele vai ou não vai e me passa um moreno alá BayWatch! Veio correndo lá do
fundo, com um par de pé de patos na mão e um cachorro lindo atrás. Passou por
nós e se tínhamos alguma dúvida ela se esvaiu naquele momento. Montamos na bicicleta
e fomos atrás. A cena não podia ser mais ridícula! Aquele moreno correndo na
nossa frente e a gente se matando em cima daquelas bicicletas tentando não
perde-lo de vista! Se não fosse por ele nunca chegaríamos. Mas eis que ele nos
vence e some. Continuamos andando e nos deparamos novamente com ele, só que
desta vez fazendo abdominais enquanto o cachorro aguardava em uma piscina
natural no mar. A cena da abdominal... Bem. Então. Isso aí mesmo! Mas a gente
não podia parar. Seria muita cara de pau. Então continuamos. E ele nos alcançou
mais à frente e nos ultrapassou. Ultrajante. Daí vocês já imaginam nosso ritmo.
Enfim chegamos à Traipu de fora! E Val estava nos esperando com nossas
espreguiçadeiras à sombra e música eletrônica no fundo. Devolvemos as
bicicletas e nos estatelamos o resto do dia! Rindo sobre que tínhamos acabado
de fazer e sobre a possibilidade de desmaio da Priscila; nos lembramos daquele
filme “Um morto muito louco”. Só quem tem a nossa idade e assistiu muita sessão
da tarde vai saber do que estamos falando. Imaginamos nós, carregando Priscila
pelas paisagens e tirando fotos com ela desmaiada como no filme. Hahahahahaha!
Esta figura de linguagem entrou em várias situações depois.
O por do sol foi de tirar o fôlego mas isso já está virando pleonasmo.
Desta vez conseguimos uma jardineira pra voltar e a viagem se mostrou até
relativamente curta comparada com nossa última recordação.
À noite fizemos um programa light e começamos a nos preparar para o
passeio à Boipeba que faríamos no dia seguinte.
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